Ao nos atualizarmos com as estratégias de gestão de talento, encontramos termos que estão na moda que, mesmo não sendo novos, propõem uma forma de “fazer” e de criar diferente. Neste artigo vamos abordar o conceito de People Analytics.
Esta estratégia tem como objetivo utilizar dados sobre o ambiente de trabalho para gerir o talento humano de forma eficaz. Desta forma, permite medir com objetividade o nível de eficácia de um colaborador ao realizar o seu trabalho, determinar se investe os recursos adequadamente e inclusive saber se este está satisfeito com o seu ambiente laboral, de forma a tomar medidas e evitar a rotatividade, o que sem dúvida a converte numa prática para encontrar respostas.
Um estudo realizado por Chartered Global Management Accountant (Estados Unidos, 2014) indicou que 43% dos CEO’s, CFO’s e Diretores de Recursos Humanos acreditam que devido a limitadas práticas de gestão de talento, as suas companhias não alcançaram os objetivos financeiros nos 18 meses anteriores ao estudo.
Neste sentido, são mais as medidas e soluções disponíveis no mercado para a gestão de pessoas relacionadas com ferramentas quantitativas e analíticas. Isto permite às organizações contar com informação dos seus colaboradores, do seu comportamento e da cultura para tomar decisões de forma sustentada.
Para citar alguns casos de sucesso encontrámos o call center de Bank of America, que utilizando instrumentos de recolha de data conseguiram aumentar em 23% a produtividade, ao encontrar formas mais eficientes de organizar o horário de almoço.
Outro caso é o de Google que encontrou algoritmos para melhorar as práticas de recrutamento e de retenção, utilizando modelos produtivos para encontrar problemas de gestão de pessoas e oportunidades nessa área. A equipa de “People Operations” de Google atua como consultor interno e influencia as pessoas para a mudança utilizando dados e as recomendações de ações que os números oferecem.
Segundo a OBS Business School dispor de people analytics trás grandes benefício, já que permite:
– Detetar qualquer fuga de tempo, distrações, tarefas que consomem mais tempo do que deveriam.
– Desenhar planos de motivação e de implicação para que a sua equipa se vincule emocionalmente com a organização e desenvolva um sentimento de pertença.
– Gerir a analítica e encontrar novas formas de canalizar os recursos da área.
Encontrar estratégias como people analytics que permitam mudar paradigmas dentro das organizações é encontrar um novo caminho para atingir os nossos objetivos.
Autora: Paola Albornoz
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